terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Tapada Nacional de Mafra

Com 819 hectares de área, rodeada por um muro de 21 km de extensão, a Tapada de Mafra possui grande diversidade de espécies animais e vegetais.
Foi criada em
1747, no reinado de D. João V na sequência da construção do Convento de Mafra, que lhe é contíguo. Conhecida então como Tapada Real de Mafra, a sua criação teve como objectivo a existência de uma zona de lazer real vocacionada para a caça.
Actualmente, a zona é ainda usada para a caça, feita de forma limitada, para turismo rural e actividades de lazer tais como:
percurso pedestre ou BTT, onde existem trilhos próprios para prática do mesmo e visitas guiadas para observação da fauna e flora.
Na tapada Real de Mafra podem-se observar espécies de fauna e flora, respectivamente. A nível de fauna, podemos encontrar
veado, o javali, diversas aves de rapina, e de flora, o pinheiro-manso e pinheiro-bravo, o eucalipto e o sobreiro.
Existem dois
museus na Tapada: o Museu da Caça e o Museu dos Carros de Tracção Animal do séc. XIX.
Posto isto só nos resta aconselhar a visitarem a Tapada de Mafra. Vale a pena! Para mais informações consulte a página oficial da Tapada de Mafra: http://www.tapadademafra.pt/





terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Lobos Ibéricos procuram "Pais Adoptivos"

Fagus e Seara (lobos) são os mais recentes "hóspedes" do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (C.R.L.I.), na Malveira, depois de chegarem do Jardim Zoológico de Madrid debilitados, cegos e em estado de velhice.
Gerido pelo Grupo Lobo, uma associação não governamental que defende a conservação desta espécie e do seu ecossistema, o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico foi criado em 1987 e tem como objectivo providenciar um lar a lobos feridos ou mantidos em más condições de cativeiro. Os 14 animais que o Centro acolhe actualmente consomem 1.750 euros mensais de alimentação e medicação, manutenção que só é possivel graças ao dinheiro conseguido através das visitas guiadas, cujo preço é 4 euros, sendo que os donativos dos "pais adoptivos" são outra fonte importante para manter o espaço, que não tem qualquer apoio do Estado. A ideia é apadrinhar um lobo pagando a quantia de 40 euros até aos 15 anos de idade e de 45 euros no caso dos lobos adultos, podendo depois participar nas actividades diárias do centro onde pode dar comida aos animais. O C.R.L.I. possui ainda uma casa com capacidade para seis pessoas, onde, mediante uma reserva, os visitantes poderão pernoitar, além de uma habitação para dois voluntários para participarem nas activades diárias de alimentação dos lobos e manutenção do Centro.
Segundo a responsável do C.R.L.I., Elisabete Pereira, embora a recuperação dos lobos seja o principal objectivo, também já nasceram ali alguns lobos, como é o caso do Prado que, por se tratar de um "Alfa", é o elemento reprodutor da alcateia, o que faz com que seja mais agressivo para os outros lobos, levando a que esteja isolado num dos sete cercados e que não possa ser colocado em liberdade, até porque já está habituado à presença humana.
Segundo Elisabete Pereira, reintroduzir estes animais em liberdade, seria condená-los à morte pois, além de não existirem actualmente alcateias, não veriam o homem como uma ameaça.
Não nos podemos esquecer que em Portugal devem existir actualmente cerca de 300 lobos ibéricos, contrastando com Espanha, onde vivem cerca de 1.700 exemplares da espécie.
O Lobo Ibérico tem, em média, uma esperança de vida na ordem dos dezasseis anos em cativeiro e nove em estado selvagem, embora hoje em dia não se ultrapassem os cinco anos, devido à presença do homem em locais que antes lhe eram inacessíveis.